As aulas de educação financeira já são realidade na escola Prime’s Cool desde 2015, quatro anos antes de fazer parte da Base Nacional Comum Curricular. Mais do que números, o assunto é abordado de forma comportamental e multidisciplinar. “Educação financeira aparece nas aulas de matemática, empreendedorismo, ciências e até em filosofia. Trabalhamos as disciplinas como elas devem ser, com vivências práticas e presentes no cotidiano das crianças, interrelacionadas, como enxergamos na nossa vida”, explica a supervisora pedagógica, Vanessa Oliveira.
A iniciativa tem rendido bons frutos em casa, não só entre os pequenos, mas entre os pais também. É o caso da família de Gael, 10 anos, estudante do quinto ano do fundamental. Na aula de ciências, ele aprendeu sobre energia elétrica e a importância do consumo consciente dos recursos naturais. Fazendo as contas, durante as aulas de matemática, ele percebeu que, se reduzisse o consumo de energia em casa, além de ajudar o meio ambiente, ele poderia investir essa economia em outros desejos, como uma viagem melhor de fim de ano, ou mais programas de lazer com os pais, por exemplo.Leia TambémProjeto ‘Nossa Energia’ beneficiará 14 municípios da PB com troca de lâmpadas e cadastro na Tarifa SocialEnergisa oferece condições especiais para clientes cadastrados na Tarifa Social
Desde então, ele tem levado a sério o assunto, chegando a fiscalizar seus pais também. Banhos demorados? Luzes acesas sem necessidade? Celular no carregador por mais tempo do que precisa? Agora, Gael não permite mais e, de quebra, mostra aos pais a importância do hábito consciente e coletivo. “A gente tem que economizar, não é? Senão, o mundo sofre e os nossos pais não vão conseguir pagar as contas. Se todo mundo fizer um pouquinho em casa, a gente consegue economizar muito”, reforça o guardião da redução do consumo.
Para a especialista em eficiência energética da Energisa, Carla Petrucci, a curto prazo, o engajamento das crianças já é capaz de mudar atividades de todos da casa. A longo prazo, essa atitude passa a se tornar um hábito e o consumo consciente, uma realidade permanente. “As crianças levam muito a sério o que aprendem na escola e tendem a exercer influência em casa, exigindo que todos coloquem em prática também. Com isso, a família toda passa a se envolver e se divertir nesse processo. Esse protagonismo é fundamental, especialmente no momento atual, que requer não só uma redução de consumo, mas uma mudança de comportamento mesmo”, detalha Carla.
Já os pais de Gael comemoram a postura do pequeno em casa “Ele parece mais maduro e mais consciente, preocupando-se não só com a economia na conta, mas na sustentabilidade do planeta”, comenta o pai de Gael, André Medeiros, antes de ser complementando pelo maior especialista da casa em redução de consumo, o super Gael: “Isso se chama consciência. A gente precisa pensar no futuro, nos recursos do planeta e no bolso dos nossos pais, não é verdade”?
